Vou começar contando como fui parar na Joatinga/Rio e escrevi a primeira página do Diário de uma nômade em … Joatinga/RJ. Já explico que o planejamento da maioria das minhas viagens seguem o mesmo regra: eu deixo fluir.
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Explico: Eu tenho uma lista de vários lugares que desejo conhecer. Na hora que surge o momento ideal, seja com a família, amigas, o crush ou sozinha, eu já sei que aquele destino está me chamando.
Dessa vez, após passar uma semana intensa em São Paulo, fechando reuniões, encontrando amigas e dormindo pouco com a cabeça a mil, resolvi que precisaria ficar 2 dias para ficar só comigo mesma.
Sim, sou uma mulher que AMA viajar sozinha, aliás, depois que eu fiz a minha primeira viagem solo, eu nunca mais parei. Aprendo cada dia mais um pouco mais sobre mim.
Continuando… A ideia inicial era passar 2 dias em Ilha Grande que fica entre o Rio e São Paulo. Só se consegue chegar lá de barco. Pense em um lugar ideal, bucólico e puro contato com a natureza. Sim, queria, mas a logística seria complicada, sair de ônibus de São Paulo, chegar em Angra, pegar um barquinho para curtir apenas 2 dias. Senti que eu ia me cansar mais do que relaxar.
Então pensei em ir para o Rio de Janeiro . Sempre gosto de ficar em Ipanema, aquela integração praia e cidade grande. Para mim não tem nada mais harmônico. Acontece que eu não estava na ‘vibe’, queria algo bem mais tranquilo.
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Lembrei da praia de Joatinga que fica dentro de um condomínio fechado. Para chegar na praia é preciso descer uma ribanceira!! Lá não tem estrutura alguma de praia, se der sorte vai encontrar uma barraquinha vendendo água de coco e industrializados no comecinho da trilha.
A praia é frequentada por surfistas, pois o mar é agitado e o acesso, é bem difícil quando a maré sobe. Ou seja, ideal pra quem busca sossego com um toque de aventura. Sim, sou eu, essa era a vibe.
Procurei hospedagens no airbnb e booking. Sério, é de babar! Só casarões com vista para o mar.
O que gosto nos dias atuais é essa facilidade em viajar. Quer um quarto de hotel? Tem! Quer viver uma experiência como um ‘local’? Tem! O mais importante é se permitir. E quer saber? eu amo me experimentar e me descobrir enquanto viajo.
Peguei uma pousadinha modesta, mas com um deck arrasador. A suíte era bem menor do que eu imaginava, chegando lá até fiquei um pouco decepcionada, mas decidi que isso não ia me afetar. Estaria lá por 2 dias e queria que fosse o mais leve possível.
Acabei me apegando ao que tinha de melhor no lugar, ah vista, ahhh a vista.
Joatinga e um bairro que fica entre a Barra da Tijuca e São Conrado. Um bairro super afastado e difícil de chegar. Ideal para quem quer ter aquela sensação de paz. Pode parecer não combinar com o Rio, mas sabendo procurar, a gente acha um canto para cada necessidade.
E assim os dias seguiram:
Acordar cedo, andar 20 minutos de subidas e descidas (alô academia!), descer para praia, fazer Yoga,
contemplar e respirar.
No mar tento não pensar em nada para liberar a mente dos pensamentos e sentir a energia: me entregar.
O trabalho não parou e por isso, o tempo também é para pensar nos projetos que estou colocando minha energia e que caminho minha vida está tomando.
Abro meu celular e vejo que já ta quase na hora do meu horário do trabalho. Pego minhas coisas e volto para o hotel.
Meio dia, abro meu computador e já está pronto para o ‘trip office’. Um deck, uma conexão boa e cabeça fresca.
Sabendo que era lua nova, aproveitei para acessar aqueles lugares dento de mim pouco visitados. Relaxar com um vinho e sonhar.
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A sensação que toma conta é de quebrar padrões, é um medo de achar que está tudo fora de lugar, de saber que talvez eu esteja indo no contrafluxo do mundo, mas aqui dentro tem uma vontade maior que diz que está tudo bem!!
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